Cuidador Informal

Os cuidadores são homens e mulheres comuns, de todas as classes sociais e profissões, que choram, lutam e que se irritam. Devemos ter consciência de qual é o nosso papel e quais os prós e contras do ato de cuidar. 


Mas afinal o que é um cuidador?


Uma pessoa que toma conta de alguém doente ou debilitado fisicamente com a consciência de que os aspetos emocionais e psicológicos são complexos e que podem variar de pessoa para pessoa. Quando assumimos o papel de cuidador assumimos um dos maiores desafios que podemos experimentar na vida.

Assim, as principais razões que conduzem à adoção do papel de cuidador podem ser:

 Dever (moral e/ou social);

 Solidariedade conjugal, filial ou familiar;

 Cristianismo;

 Sentimentos de amor ou piedade;

 Recompensa material;

 Gratidão por acontecimentos do passado;

 Evitar a institucionalização.


Desta forma, quando falamos em "cuidador", podemos distinguir dois tipos: o cuidador formal e o cuidador informal, o qual nos vamos focar.

O cuidador informal, é aquele que presta cuidados no domicílio, sendo este um elemento da família, amigo, vizinho ou outro. Os vizinhos e/ou amigos que desempenham este papel, podem assumir esta responsabilidade em situações pontuais, pela "não existência da família ou quando não existe nenhum elemento capaz de assumir o papel de cuidador" (Sequeira, 2010, p. 156).


A inversão dos papéis 


Quando assumimos o papel de cuidador somos confrontados de um momento para o outro não só com novas tarefas, mas com a inversão de papéis, ou seja, sermos pais dos nossos pais, o que pode gerar sentimentos e sensações contraditórias. Apesar de no início podermos achar que não vamos estar à altura do desafio, com o tempo vamos encontrar forças e capacidades que nem sabíamos que possuíamos. Ao assumir o papel de cuidador temos de ter consciência de que aos nosso afazeres profissionais, familiares e sociais do dia-a-dia se acrescentam múltiplas tarefas. Por vezes podemos cair no desespero e pensar que não vamos ser capazes de enfrentar estes novos e difíceis desafios. Temos de encarar as novas funções com calma e seguir alguns princípios básicos e essenciais para cuidar do nosso amigo ou familiar.


Necessidades do cuidador...


Quando cuidamos de alguém focamo-nos essencialmente no bem-estar do outro e acabamos por nos esquecer de que também temos de cuidar de nós. Assim, devemos adotar algumas estratégias que nos podem ajudar a manter o nosso bem-estar e, consequentemente melhorar a prestação de cuidados.

Podemos então seguir algumas das seguintes estratégias:

 Devo cuidar de mim;

 Devo organizar o meu dia;

 Devo viver um dia de cada vez;

 Devo deixar que os outros me ajudem;

 Devo manter o sentido de humor;

 Devo lembrar-me de que os comportamentos e emoções de meu familiar são distorcidos pela doença;

 Devo desfrutar daquilo que o meu familiar ainda consegue fazer;

 Devo manter uma rede social de suporte;

 Devo lembrar-me de que estou a fazer o melhor possível;

 Devo colocar limites para não comprometer a autonomia do meu familiar.


Autores: Gerontólogos Alexandre Fernandes e Catarina Silva,  Manual do Cuidador Informal, UCC Sever do Vouga

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